sábado, 7 de abril de 2012


“Tem coisas que devem ser esquecidas, outras guardadas. Um perfume, faz voltar uma lembrança, que fora deixada no passado, nas emaranhadas da vida. Existem verdades sem mentiras, e uma saudade insaciável. Pessoas com suas chegadas e partidas. Ventos, furacões, e brisas; e mesmo tendo forças diferentes, sempre levam algo consigo, algo que deve ser esquecido; uma memória, uma cicatriz. Há dores passageiras e dores que duram. Há desertos sem oásis, e outros que possuem uma floresta dentro de si. Presenças e ausências, que nunca devem ser sentidas. Há caminhos tortos que nos levam à algum lugar, e outros certos, que não levam à lugar algum. Pra uns existe mais solidão do que amor, por não quererem companhia, por terem medo de se arriscar e sofrer algum dia. Tem pensamentos bagunçados, e mentes preguiçosas, ou apenas, gente despreocupada que simplesmente não se importa… Tem marmanjo que saca a vida melhor do que outros, intelectuais, que pensam que sabem de tudo. Tem poeta, cronista e escritor, que tecem o próprio destino, mas que o realizam somente, em suas palavras perdidas. Tem coisas que realmente devem ser esquecidas. Tem um futuro passado, um presente futuro, e um passado presente. Há aparências que enganam, e outras que nem tanto. Há horas que se passam, e outras que num mesmo dia se repetem, sem ao menos serem percebidas. Ás vezes a vida nem é vida. A gente adormece, acorda, e pensa que vive. Tem uns que adormecem e não acordam mais; esses sim, vivem, e vão viver eternamente. Tem coisas que devem ser esquecidas, mas outras não. Tem coisas que podem ser esquecidas, como o título desse texto. Assim é a vida.”
— Lais Caroline, Esqueci do título.

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