“E então você se pegou querendo escrever, dizer, mas não havia palavras
suficientes para você dizer tudo que estava sentindo. A vontade de
gritar, de abraçar… Essa vontade chegou do nada e permaneceu. O coração
foi se apertando, você queria gritar para o mundo, queria gritar “eu te
amo”, queria dizer volta. Pediu, a Deus “me ajude”, procurou algo,
alguém, sem ao certo saber o que procurava. Viu-se na escuridão, o céu
já não era mais azul e sol já não trazia mais aquela luz.
O medo, a
solidão te fazia sofrer, você já não tinha forças nem ao menos para
acreditar. “Cadê Deus? Onde esta a fé?” você se perguntava…
Já não se sabia o que era certo, nem ao menos o que era justo. Na verdade o sentimento era de injustiça “porque comigo?”
Era
uma fusão, uma mistura de tantas coisas juntas em uma só pessoa, pessoa
que já estava perdida. Mas então aquele Deus que para você não era o
suficiente lhe mostrou que há motivos para sorrir, para querer viver, se
levantar da cama. E então havia motivos para dizer “obrigado, meu
Deus”. Motivos estes que sempre estiveram presentes só que escondidos
por trás de tantos sentimentos e pensamento ruins”