sexta-feira, 20 de abril de 2012


No fundo eu sou diferente. Lá no fundo esse sorriso estampado no meu rosto é dor, mágoa, tristeza e decepção. Tudo acumulado, tudo preso num cantinho. Todos esses sentimentos apertados num espaço em que não há mais espaço nem pra mim mesma. No fundo o “estou bem!”, “não me importo” e “tanto faz” são “estou péssima!”, “me importo pra caralho” e “que não seja assim, eu quero do meu jeito”. No fundo eu ainda gosto dele, apesar de por fora negar até se colocarem uma faca em meu pescoço. No fundo ainda dói a perda de uma amizade, esta que eu ainda procuro. Mesmo que por fora queira fazer amizades novas mostrando já não ligar mais pro meu passado. No fundo esse passado tem incomodado muito, mas tem feito muita falta também. Mesmo que por fora eu diga que prefiro esquecê-lo e que me importo mais com o presente e com o futuro que me esperam. No fundo eu tenho repulsa a esse presente asqueroso, e medo desse futuro totalmente incerto e desconhecido. No fundo eu sou toda verdade, e por fora escracho pelos meus poros essa mentira tão fácil de perceber. No fundo ninguém nunca quis ver como eu sou realmente, talvez pelo fato de que aqui fora todos sejam superficiais demais pra entenderem alguém que seja diferente demais por dentro de todos.”

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