“Ela se embrulha de sonhos, se veste de esperança e se enfeita com sorrisos. Embala-se numa musica baixinha, que ela mesma criou. Dança sobre os tetos estrelados, e toca em cima de uma caixinha de música. Balé, bailarina. Dança sobre os destroços do fim do mundo, e ainda acha graça de ser a única a sobreviver. Embora sinta uma dó enorme daqueles não podem dançar. Segue a melodia dos pés, e ouve a nota que brota de seu violão, sua nota dedilhada, sua nota bem tocada, de olhos fechados. Não vê, sente. Menina bonita do laço de fita. De que nota é feito esses teus olhos que sorriem? És por acaso o som feito do violão do criador do universo? És vilã menina? És violão? Ou tu, compostas de letras e acordes, fostes feita somente canção? Nem si bemol, nem lá sustenido. Vós fostes feita coração, e essa nota, minha flor, nem todo mundo sabe tocar…”