domingo, 16 de dezembro de 2012


“Nós nunca seriamos um par.
Eu nunca fui de acreditar na máxima clichê –“Os opostos se atraem” – vai por mim, isso não dá certo, as diferenças podem chegar ao ponto de sufocar, e onde casualmente existia amor não vai existir mais nada, indiferença no mínimo. Falo por experiência, isso não vai longe, nós achávamos até bonito no começo, quando eu gostava de Beatles e ela não – como pode alguém não gostar de Beatles? – não era só isso, preferia ficar em casa vendo um filme, bebendo um vinho, um uísque, que seja, ela não, ela gostava da farra, de sair à noite, pra todos os cantos onde houvesse pistas de dança (nunca gostei de dançar). Nossas diferenças não paravam por ai, iam de discussões sobre futebol a desentendimentos sobre política e a paz mundial. Éramos peças diferentes de um quebra-cabeças, nunca nos encacharíamos, nem hoje, nem daqui a mil anos, nossas almas eram gêmeas, mas não eram univitelinas.”

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