segunda-feira, 27 de agosto de 2012


Como eu sempre me contentei com pouco, pensei que seria a mesma coisa. Eu sempre me contentei com o pouco dinheiro, com a pouca presença do meu pai, com a pouca inteligência e relevância que eu dava à escola, com a pouca instabilidade emocional. Eu sempre me contei com as poucas flores que minha mãe plantava e com o pouco sal nas comidas que ela fazia. Eu me contentava com os poucos brinquedos que tinha e com os poucos amigos verdadeiros. Eu sempre me contei com o pouco, e por ser tão suficiente com o necessário, achei que o pouco amor que ele me dava me faria feliz. Tola. Agora eu compreendi e mudei. Se eu dou amor, quero amor recíproco. Se eu dou carinho, quero carinho também. Se eu sou um real, por exemplo, eu quero o meu um real de volta. Se eu faço algo, espero algo em troca… E que seja na mesma intensidade e quantidade, se não eu meto o pé. Porque de incerto já basta o amor e de insuficiente já basta a minha paciência.

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