sexta-feira, 26 de outubro de 2012


Cheguei a uma conclusão sobre você.” “Teoria?” “Conclusão.” “Então me diz.” “Você não sabe amar, sabia?” “Ah não? Por favor, me conte como eu virei um cara sem coração.” “Não se pode virar o que sempre foi, ué.” “Eu sei amar, você que é muito complicada pra ver isso.” “Não bote minhas complicações no meio. Você sabe que você é… Uma coisa, Stubb.” “Você é estranha e nem por isso jogo isso na sua cara.” “Sabe o que é? Se as minhas complicações me cegam pra ver certas coisas, sua idiotice te segura de sentir certas coisas. E agora sente o que é pior.” “Sabe qual é? Você sempre acha que sabe tudo. Sra. Certa. Miss tenho razão de tudo. Mas você não sabe um terço das coisas, Robin.” “E você não faz questão de me dizer. Você teima em querer viver essa coisa que não existe. Você teima em viver essa coisa de criança. E a gente fica engrenado nessa.” “Você não muda mesmo, né? Fica nessa aí, inventando desculpas pra sair de fininho antes que eu perceba. Porque você é assim, Robin. Eu sou medroso, mas você é covarde. Você é sensata demais. E acha que tem que quando me acusa de não saber amar, eu vou abrir mão de tudo. Só que eu me recuso a te deixar fugir, cara. Eu não sei qual é o meu problema, mas deve ser o mesmo que o seu. Porque você reclama de mim, vai embora, mas sempre volta. E eu reclamo de você, mas fico te trazendo de volta.” “Eu sei lá, Stubb. Mas eu vou te dizer uma coisa, qualquer um pode ser melhor do que você. Mas eu fico empacada nisso. Em você e nas suas coisas… Complicadas. Ah, eu sei lá, Stubb. Eu morro de medo das coisas intactas, mas mesmo assim continuo com você.” “Mudou sua teoria?” “Talvez sim, talvez não. Como eu vou saber se você sabe ou não amar?” “Olha pra você. Tu acha mesmo que eu seria idiota o suficiente pra não ficar aqui contigo se não amasse? Porra, eu teria que ser muito otário mesmo.” “O jeito como você acha que se declara é ótimo, viu? E vi uma frase outro dia, ela era bem assim: tinha medo de cachorros e amava o namorado. No meu caso seria: tinha medo de palhaços mas curtia o Stubb.” “Engraçadinha. Tu só tem que acreditar em mim.” “Talvez acredite até demais. Isso é outro problema, sabia?” “Você é toda problemática. E aproveita que a gente ainda não brigou. Porque você nessa aí de ser confusa, acaba não sabendo o que quer. Daqui a pouco tá me dando um pé na bunda de novo. E lá vou eu sendo obrigado a te puxar de volta, cara. ” “Eu não peço pra me puxar de volta, Stubb. Você é todo idiota.” “Mas sabe que é o que você quer, sabe que tu precisa que eu fique. Porque tu precisa voltar. Então me ajeita enquanto eu te soluciono. Ou tento, né? Porque eu não tenho jeito e tu não tem solução. Mas a gente fica se enganando. Porque a verdade, Robin, é que a gente não sabe se arrumar. A gente só sabe se bagunçar. E eu curto essa bagunça, por isso fico com ela. E você é pior. Porque sempre volta pra ela.
robin and stubb.

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